Nesta quinta-feira (10), chegou ao fim a 1ª edição da Mostra Social de Documentários. Durante os três dias de duração, o público pode conferir trabalhos feitos por alunos do curso de Jornalismo da Faculdade Social, além de debater sobre temas ligados a produção audiovisual.
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| Foto: Tairine Ceuta |
O primeiro dia de mostra, terça-feira (8), apesar da forte chuva que tem castigado a capital baiana, atraiu muitas pessoas interessadas em conhecer novas produções de documentários. Aqueles que enfrentaram a tempestade foram compensados com a palestra da professora do curso de cinema da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amaranta César, sobre “Documentário como argumentação audiovisual”. Amaranta destacou a importância do documentário como ferramenta democrática, fazendo com que, nos últimos anos, o documentário tenha alcançado o lugar de espaço social, abordando temas relevantes para a sociedade. A professora ainda pontuou, citando um dos trechos de um dos documentários que exibiu durante a palestra, que a potencia da cena "é a maneira como o sujeito se constitui pela imagem, pela presença da câmera”.
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| Foto: Aline Valadares |
Amaranta também ressaltou a importância da existência da mostra em um momento de expansão do gênero documentário no Brasil. “É uma forma de vivenciar esse momento e fomentar o interesse de alimentá-lo e retroalimentá-lo”, afirmou.
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| Foto: Aline Valadares |
Após a palestra, foram exibidos os documentários Entre os trilhos e a maré, dos diretores Marina e Shalla; Dead Billies, dos diretores Fabiana Massoquete e Gabriel; e Rosário dos Pretos, dos diretores Patrícia Matos, Fernando Barbosa e Carlos José.
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| Foto: Aline Valadares |
Fernando Barbosa, ex aluno da Faculdade Social e produtor do documentário Rosário dos Pretos, esteve na mostra e após a exibição do seu filme comentou sobre o processo de produção do projeto. “Esse documentário me ajudou muito, foi mais um degrau das minhas produções”, concluiu.
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| Foto: Aline Valadares |
Na quarta-feira (9), segundo dia de mostra, quatro documentários, também de ex alunos da Faculdade Social, foram exibidos para o público. Com a trégua da chuva, o auditório do Instituto Social da Bahia (Isba) ficou muito mais cheio e os filmes tiveram uma receptividade calorosa.
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| Foto: Aline Valadares |
Foram exibidos neste dia: Entre tantos, dos diretores Arysa Souza e Daphne Carrera; RG Quilombola, dos diretores Jaqueline Barreto, Mídia Noelle e Deraldo; Meninos de Quintino, dos diretores Íris Queiroz e Sara Gomes; Eu quero é somar, diretores Camila França e Emerson Santos.
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| Foto: Aline Valadares |
A professora do curso de Jornalismo da Faculdade Social, Tatiana Lima, elogiou a proposta da mostra. “Eu gostei bastante desse ambiente, por conta de aglutinar as pessoas, de discutir a linguagem, o documentário e conhecer a produção daqui que eu estou achando que é de excelente qualidade”, contou.
O último dia da Mostra Social de Documentários foi coroado com muita alegria. O professor de vídeo Danilo Scaldaferri comandou o debate da noite com sua palestra sobre as “Possibilidades criativas da estética do Documentário”. Danilo apresentou trechos de cinco filmes que serão exibidos na mostra Cachoeira Doc, na cidade de Cachoeira. Um dos filmes apresentados fez muito sucesso: um documentário inteiramente produzido através da comunidade virtual Second Life. A platéia adorou a ideia, e quando Danilo Scaldaferri encerrou a exibição deste doc ouviu reclamações.
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| Foto: Tairine Ceuta |
O professor de vídeo falou sobre as diversas possibilidades de se fazer um documentário, e que por isso para um filme ser documentário é preciso que o diretor se auto denomine como documentarista e sua produção como um filme documentário. “É muito difícil definir um conceito para o que é documentário”, esclareceu Scaldaferri.
Nesta noite também foram exibidos os docs: Espelho, espelho meu, de Jaqueline Barreto e Elton Martins; Carnaval de Luxo e Desilusão, de Conceição Ferreira, Aline Santhiago e Lívia Araújo; e 5 Letras e 7 Cordas, de Karoline Meira, Mateus Brito e Magda Melo. Ao fim de cada filme, os ex alunos e diretores dos projetos comentaram sobre suas experiências com a produção audiovisual. A ex aluna Jaqueline Barreto afirmou que pensa no documentário como um instrumento político e foi desta forma que ela produziu o seu doc Espelho, espelho meu.
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| Foto: Tairine Ceuta |
O encerramento ficou por conta da premiação dos vencedores da mostra. O primeiro lugar ficou com o documentário Entre os Trilhos e a Maré, que levou a bolsa de pós-graduação. O segundo e terceiro lugar ficou com Carnaval de Luxo e Desilusão e RG Quilombola, respectivamente.
A coordenadora do curso de Jornalismo, Jussara Maia, fez um balanço positivo da primeira edição da Mostra Social de Documentários. “Entendo que a mostra alcançou os objetivos de difundir e dialogar sobre documentários de temas muito relevantes”, afirmou. A diretora da Faculdade Social, Elma Lígia Liberal, encerrou a mostra parabenizando todos os alunos que participaram da organização da mostra, além dos produtores dos filmes exibidos nos três dias. “Todos estão de parabéns. Os trabalhos exibidos aqui devem ser expandidos para outros lugares”, destacou.
